sábado, 19 de março de 2011

Obrigado! MÃE






Por ter me presenteado a Vida!
Por não ter arredado do meu pé, até quando criei asas
Por ter acompanhado meu vôo da partida
Desculpa, pelas tuas noites mal dormidas.
Como chorastes na minha ida...
Qual o passarinho que não gostaria
De ficar sempre no seu ninho
Mas como ele tem que aprender a voar
Rompe as raias do medo
Desbravando o mundo pelo ar
Mãe! Não referencie a solidão
Estou vendo você transitar
Na passarela do amor, com abnegação
Não deixe o nosso rio mudar de curso
Só por causa dessa maldita erosão.
Lembro-me, tivestes que dispensar o batom
Tua roupa mais bonita era o avental
Todo sujo às vezes, dos alimentos de nossas vidas
Ah! Como preparavas boas comidas
Seguras o teu cajado e fixe a tua coroa
Na tua natural espontaneidade de ser
És um mimo de graça e beleza
Eu fiz de ti minha realeza
Agora, apresento-me como um pássaro ferido
Quase abatido pelas armas da orfanalidade
Desta vez ficarei, não apenas por um momento...
Já estou sentindo a quentura do ninho
Aqui estou eu, Mãe! Teu eterno passarinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário